Lembro-me que em 1996 tocava em uma banda de baile. Como sou do interior de Minas Gerais e em minha cidade não existiam bons músicos, resolvi ir para a capital para ter aulas de contrabaixo e aprimorar meus conhecimentos.
A primeira coisa que vi ao entrar na Pro Music (escola onde estudei e hoje sou professor) foi um cartaz: “Workshop de Baixo com Nico Assumpção”. Nunca tinha assistido a um Workshop, para falar a verdade, nunca tinha escutado a palavra Workshop.
Resolvi então assistir o tal “Nico Assumpção”; essa foi a experiência que mais teve impacto na minha vida musical. Ao sair da sala chorei de emoção e fiz uma promessa: a partir daquele dia estudaria pra valer o contrabaixo. Sai a caça de qualquer material (Vinil, CD, VHS, DVD) em que o Nico Assumpção participava.
Quando escutei pela primeira vez o solo de “Serra do Mar” do disco “Quebra Pedra” do Victor Biglione meu mundo parou; levei anos tentando tirar esse solo. O Nico Assumpção mudou drasticamente minha forma de enxergar o contrabaixo.
Sua concepção extremamente avançada tanto nas conduções como nos improvisos, despertam em mim uma vontade de sempre me superar e quem sabe um dia, chegar perto do nível musical que ele alcançou. Vários anos se passaram desde aquele Workshop e até hoje vejo o quanto ele estava à frente de seu tempo. Ouvindo os discos que ele gravou (ou a maioria deles) vejo a importância que o Nico teve não só para o contrabaixo, como para a música brasileira.
O Nico Assumpção sempre foi e sempre será meu baixista favorito.
Começou a tocar aos 15 anos em bandas de baile pelo interior de Minas Gerais.
Em 1996 resolveu aprofundar seus estudos após assistir ao Workshop do Nico Assumpção. Estudou baixo com Giovanni Mendes, harmonia com Mike Ryan (Austrália) e arranjo com o maestro Nestor Lombida Hunt (Cuba). Trabalhou como músico de estúdio no Estúdio Nova Aliança onde gravou vários CD´s.
Participou de várias oficinas e workshops com os baixistas Abraham Laboriel, Adriano Giffoni , André Neiva, Arthur Maia, Nico Assumpção, Zuzo Moussawer, entre outros.
Lançou em 2002 o método “Contrabaixo Total”.
Já dividiu o palco com artistas como Toninho Horta, Nestor Lombida Hunt, Urbano Medeiros, Bo Hilbert, Bruno Alves, Dinho Santos, Ziza Fernandes, Flávio Barreto (Projeto Park Music), Jazz in Coffee, Noli, Chaparrall, Dani Morais, Capim Seco, Soda Pop .
Atualmente ministra aulas na Pro Music, é diretor musical da cantora Dani Morais, toca em vários grupos instrumentais, além de se envolver em pesquisas sobre o baixo de 6 cordas. Alberto Magno é endorser dos baixos Crafter.